segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Resenha: Fortaleza Digital - Dan Brown

Faz mais ou menos seis anos desde que li "O Código Da Vinci", mas considerando o que lembro, imagino que Fortaleza Digital, o primeiro livro de Dan Brown, até mesmo supera a história de Robert Langdon. Não sei de quem foi a ideia de dizer que esse livro é ruim.

Alguns meses atrás eu li algo como "22 rules of storytelling, according to Pixar" e uma dessas regras, em tradução livre, era: "Coincidências para colocar seus personagens em problemas são ótimas. Coincidências para tirá-los é trapaça".
Se o livro não tivesse sido escrito em 1998 eu diria que Dan Brown leu este mesmo texto que eu. É incrível o dom que seus personagens tem de arranjarem problemas.

Dan Brown nos mostra sua hoje conhecida habilidade em grudar você em seus livros. Capítulos bastante curtos com uma história em ritmo acelerado e que fazem com que você queira ler "só mais um capítulo" toda vez que termina o anterior.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Foto

            Passava das duas da madrugada, ele não tinha bem certeza do horário, mas não é como se estivesse naquele instante interessado nisso o suficiente para abaixar os olhos e olhar para o relógio no canto direito da tela de seu computador.

            Flávio estava sentando à mesa do computador havia horas, pensando em quando o sono venceria o tédio na luta que eles estavam travando e ele finalmente desligaria aquela máquina e iria dormir. Naquele momento ele estava fechando o último vídeo sobre skate que veria naquela madrugada. Algo um pouco mórbido envolvendo quedas que causavam ferimentos feios e que as vezes matavam; em três anos praticando longboard jamais havia presenciado nada tão grave de perto. Alguns ossos quebrados ele já havia visto, alguns ralados complicados que ardiam por dias ele já havia sentido nas próprias costas, daquele tipo de ralado que vai do meio das costas até uma das nádegas, e que deixa bastante complicado ficar em qualquer posição que não em pé nos primeiros dias.

            Mas naquela hora não havia ralados, cortes, ossos, nenhum ferimento presente por ali além dos que estavam no vídeo que ele fechava. Por fim ele ficou interessado no horário e passou os olhos pelo relógio. Ele clicou na aba do navegador que levava ao facebook e olhou para o relógio novamente – não havia de fato prestado atenção na hora na primeira vez que olhara –. Duas e sete da manhã. Ele suspirou, sentindo que o sono estava prestes a começar a virar a batalha e que logo outra começaria, a que envolvia o sono e a preguiça de tomar banho antes de dormir, esta uma batalha bem mais rápida de se resolver.

            Ele decidiu que só ia dar uma olhada no que havia de novo no facebook – como se muita gente tivesse o incrível costume de postar dezenas de artigos interessantes naquele horário – e que finalmente iria tomar banho. Ou dormir direto, dependendo da preguiça no momento em que chegasse à porta do banheiro.

            Ele girou a pequena rodinha que ficava entre os dois botões de seu mouse uma vez e não viu nada de interessante. Girou a rodinha uma segunda vez e logo posts que ele já havia visto surgiram. Ele suspirou. Dentro de sua mente o tédio estava ao chão e o sono segurava a espada, olhando para o imperador que iria apontar seu polegar para cima ou para baixo, decidindo se a espada se sujaria naquela noite.

            Flávio clicou em “Página Inicial” uma última vez, apenas por costume, e antes da página carregar ele já estava com o mouse em cima da palavra “sair”, mas ele não clicou.

sábado, 16 de novembro de 2013

Resenha: A Garota Que Eu Quero - Markus Zusak

Simples, curto, sincero e principalmente, fofo. Não vejo outro meio de descrever o livro.
Cameron Wolfe é um garoto solitário. Seu sonho, seu grande desejo, é se afogar dentro de uma garota. Se perder em uma paixão. Mas ele sequer havia tocado uma até o momento.
Octavia poderia ser essa garota. Mas ela está namorando com Rube, irmão de Cameron. Rube é o "pegador". A cada par de semanas troca de namorada. Bonito, carismático, ele não tem a menor dificuldade em fazer suas conquistas, completamente diferente de Cameron.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Resenha: Sal - Leticia Wierzchowski

A Intrínseca sempre foi uma das minhas editoras favoritas. Não consigo lembrar de um livro sequer que eu tenha lido deles que não fosse no mínimo "bom". Não que eu tenha lido todo o catálogo deles, mas ah, eu gosto muito dela. A única coisa que eu lamentava era o fato de que o único livro brasileiro deles era algo sobre futebol, eu acho. Vocês devem imaginar como eu fiquei feliz em ler sobre a publicação do primeiro romance brasileiro pela Intrínseca. E eu fui atrás dele assim que pude comprar o livro.

domingo, 29 de setembro de 2013

Resenha: O Jovem Sherlock Holmes - Gelo Negro - Andrew Lane

Eu terminei de ler os três primeiros livros da série e devo dizer que me impressionei, sim, com eles. Eu acho incrivelmente difícil que eu vá me empolgar muito com os seguintes, então acho que pode demorar para que as resenhas deles apareçam por aqui. Provavelmente vai depender da minha prima arranjá-los e me emprestar de novo.

Assim como os dois livros anteriores da série, este é cheio de diversas informações cuja utilidade varia de simples curiosidade à meios de organizar melhor os pensamentos ou sobreviver na selva por alguns dias.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Resenha: O Jovem Sherlock Holmes - Parasita Vermelho - Andrew Lane

E aqui estou eu, alguns dias depois de postar sobre o primeiro livro da série, trazendo o segundo.
Eu não sou muito fã de séries de livros, tendo lido, pelas minhas contas, cinco ou seis. Da pra imaginar que eu não gostei muito de descobrir que essa série tem seis livros livros planejados, e o que me deixou ainda mais decepcionado, que pode chegar a ter nove livros. Eu gostei da história e provavelmente não vou deixar de ler. Mas é só pra vocês saberem. Não gosto muito de ler séries. Gosto de acabar as coisas.


Mas vamos a resenha, sim?

sábado, 14 de setembro de 2013

Resenha: O Jovem Sherlock Holmes - Nuvem da Morte - Andrew Lane

Quase um mês sem postar e eu apareço de volta. Fiquei bastante ocupado nas últimas semanas e, confesso, até com certa preguiça de ler. Estou com três livros da minha prima aqui em casa, deve fazer três semanas, e só ontem terminei o primeiro deles. Mas eu planejo acabar os outros mais rápido.

Eu não costumo me empolgar com coisas que comecem com "O Jovem/Novo [InsiraPersonagemFamosoAqui]", mas minha prima fez tanta propaganda da série, além de me emprestar os três primeiros livros, que eu não pude deixar de ler. Apesar de ter levado boas três semanas pra ler o primeiro, fiz isso em três sentadas. O livro é fácil de ler, divertido e muito - muito - interessante no sentido de curiosidades gerais. Há uma quantidade considerável de fatos e conhecimentos sobre vários assuntos que o livro nos mostra.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Resenha: A Menina que Não Sabia Ler - John Harding

Honestamente, a capa e título brasileiros são uma afronta ao conteúdo da obra. Mesmo. A arte é bonita, o título é comercial (tentaram pegar carona no título de A menina que roubava livros, mesmo tendo sido lançado quatro anos depois. Tenho certeza de que venderam muito por causa dessa associação de títulos). Mas o conteúdo? É outro nível. O título original (Florence and Giles) seria muito melhor.




Florence tem 12 anos. O ano é 1891 e ela mora em uma grande mansão chamada Blithe, na Nova Inglaterra. Aos oito, ela nos conta, ela descobriu a grande biblioteca, abandonada há anos, e, com algum esforço, aprendeu sozinha a ler. Seu tio, responsável legal por ela e seu meio-irmão mais novo Giles, não é nada presente na vida deles (Os orfãos nunca o viram) e não permite que Florence aprenda a ler.

domingo, 18 de agosto de 2013

Resenha: Anjo Negro - Nelson Rodrigues

Eu gosto muito de ler peças. Lembro bem de ter adorado ler "O Pagador de Promessas", talvez uns cinco ou seis anos atrás. Mas não é como se eu tivesse lido muitas. E não posso dizer que essas duas tenham qualquer relação.



"Anjo Negro", peça de Nelson Rodrigues, escrita na década de 40, é dividido em três atos, marcados por crueldade, racismo e violência.

Eu devo dizer que foi a primeira vez que, de verdade, li Nelson Rodrigues. Eu conhecia seu estilo, conhecia a história, eu sabia o que acontecia. Mas deixar de me surpreender? Não, não.


sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Batatas Smiles

Quando eu comecei a escrever, eu tinha o costume de postar meus contos em um site que é famoso por fanfictions. Nunca fui de escrever fanfiction, mas era onde eu tinha pra mostrar meus textos.

Dos que eu postei, esse foi o texto com maior repercussão por lá. Eu o escrevi faz dois anos, em junho de 2011, logo depois de uma conversa com um amigo meu.
Eu acho isso quase inacreditável, tantos outros textos que eu escrevi e achei de ótima qualidade e que me deram algum trabalho e que exigiram dedicação,  e esse, que apesar de eu achar bom, e sim, tem uma carga pseudo-filosófica-lição-de-vida, que é composto por dois parágrafos que contam sobre uma conversa é o que o pessoal chegou a exigir que eu repostasse quando eu tirei.

Então, para vocês, Batatas Smiles.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Novo (de novo) nome do blog!

E eu mudei o nome de volta.

O nome "vida de autor" era legal. Mais do que isso, era um nome ótimo. De certa forma comercial. Mas quantos posts vocês (sim, vocês, leitores fantasmas que acompanham o blog... Pra quem eu tô escrevendo?) viram que falam precisamente sobre a vida de um autor?
Tem bem poucos, né? Não que não existam, mas...
Bem, então eu mudei pra Brenismo... O que diabos é "Brenismo"?

Nos meus tempos de ensino médio (Falo como se fizesse décadas. Foi ano passado que eu saí de lá) alguns amigos meus tinham o costume de chamar algumas das coisas que eu fazia de "Brenice". Coisa do Breno. E quando eu vi, eu tinha uma doença rara chamada Brenismo, que afeta o cérebro de maneira a fazer você imaginar um exército de capivaras com armaduras, e coisas do tipo. (Ah, você não ama piadas internas?)

Então é. Tenho uma doença em meu nome (Não é doença de verdade, caso alguém não tenha percebido) e resolvi que seria um nome legal pro blog.

É isso. Aqui eu vou postar minhas brenices.

Eu planejo fazer algumas mudanças mais no layout (esse padrão do blogger tá me irritando há algum tempo.)

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Resenha: O Grande Gatsby - F. Scott Fitzgerald

E então em todo lugar se ouvia falar de Gatsby. Não, não falo da história do livro, falo da minha vida.
Sabem quando você descobre uma palavra nova, que nunca havia ouvido na vida, e de repente ela está em todo lugar? Então.

"O Grande Gatsby", o filme, a versão com o DiCaprio foi lançada algum tempo atrás e foi só então que eu tomei um conhecimento menos superficial da história. Pouco tempo depois, quem está lá em "O Lado Bom da Vida"? Se vocês leram a minha resenha de "O Lado Bom da Vida" (Aqui) sabem que aquele livro não só fala de Gatsby como conta o final do livro.

Uma amiga nova minha de repente não parava de falar de Gatsby e até mesmo minha mãe comentou algo sobre o filme da década de setenta. Definitivamente era hora de ler o livro.

Nick Carraway tem vinte e nove anos e acaba de se mudar do centro-oeste dos Estados Unidos para o leste, para New York, logo após a primeira guerra mundial. Ele agora mora em uma casa no West Egg, ao lado da mansão do misterioso Jay Gatsby.

Jay Gatsby é um homem de festas. Festas para mais de duas mil pessoas que ele não conhece, e que não conhecem ele. Festas em que os convidados procuram saber quem é seu anfitrião, mas sem se importar de verdade com isso ou com a verdade. Dizem que ele matou um homem. Dizem que é contrabandista de bebidas. Dizem que ele estudou em Oxford. Dizem, dizem, dizem... Mas ninguém sabe de verdade. Quem é Jay Gatsby?

Nick nos narra a história de Jay Gatsby e Daisy Buchanan, nos conta quem é Gatsby, quem foi Gatsby e, de certa forma, quem será Gatsby, além de nos falar um pouco de sua vida no leste dos EUA e até de seu aniversário de trinta anos.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Resenha: O Oceano no Fim do Caminho - Neil Gaiman

Nota: 8,5

Eu tive poucos contatos com o nome Neil Gaiman antes desse livro. Eu não sabia que Stardust e Coraline eram dele até pouco tempo atrás, então, apesar de ter adorado ambos, não vou enquadrar nos dois contatos com o nome.

O primeiro foi com uma referência de Sandman. Eu fiquei curioso, fui atrás e descobri quem era Neil Gaiman e "quem" era Sandman.

O segundo foi pouco antes do lançamento de "O Oceano no Fim do Caminho", quando a página do Facebook da Intrínseca começou a fazer publicidade do livro e eu assisti um episódio de "Os Simpsons" com participação de Neil Gaiman. (Episódio "The Book Job"). E só. Devo dizer que eu adoro esse autor agora.

Eu participei de, imagino, três ou quatro concursos para ganhar e livro e não ganhei nenhum deles, então um dia, andando pela livraria do shopping, com os auto-falantes da loja avisando que eles estavam encerrando o dia, eu me deparo com o livro. Eu já conhecia a capa, mas pegá-lo na minha mão?

Esteticamente falando, "O Oceano no Fim do Caminho" é o livro mais lindo que eu tenho (seguido de perto por "Deixe Ela Entrar"). As letras em relevo, o azul magnífico da capa, aquela garota mergulhada em um oceano sem fim... É lindo. Lindo. Mas vamos ao interior do livro, sim?

Eu já estivera ali, não estivera, muito tempo atrás? Tinha certeza que sim. As memórias de infância às vezes são encobertas e obscurecidas pelo que vem depois, como brinquedos antigos esquecidos no fundo do armário abarrotado de um adulto, mas nunca se perdem por completo.

"Férias", neve e os dedos congelados

Hoje é um dia frio.

Acordei hoje às duas da manhã, depois de doze horas de sono. Ontem foi um dia especial, de certa forma. Foi a primeira vez que nevou aqui em Curitiba nos últimos 38 anos, apesar do fato de que dessa vez durou pouco mais de cinco minutos e nenhum dos flocos durava mais do que um minuto depois de tocar o chão. Um minuto talvez seja demais. Mas é que nevou, nevou.

Essa semana que passou foi também a última semana de férias dos meus irmãos e de alguns amigos. Devo dizer que eles tiraram minha concentração nos últimos tempos. O tempo que levei para fazer qualquer resenha mostrou isso. Mas agora já postei "Um Dia", tenho a de "O Oceano no Fim do Caminho" pronta e já comecei a ler outro livro.
A escrita também foi segurada durante esse tempo. Eu só escrevi um capítulo durante esse tempo e nenhum conto, e admito que foi bem - bem - menos do que eu esperava. A verdade  é que eu esperava já ter esse livro - "Por isso tudo era vermelho" - pronto até o fim de Julho, mas é, não rolou. Mas talvez eu consiga até o fim de agosto e mesmo com minha maestria em procrastinação, não planejo deixar chegar em Outubro.

E claro, tem os estudos pro vestibular.
Ah, os estudos. É com certeza a parte mais complicada, e a mais fácil de procrastinar (Eu juro que não estou fazendo isso de propósito). Tenho que melhorar minha disciplina quanto à isso.
Enfim, é isso. Fazia tempo que eu não escrevia nada sobre o que ando fazendo, então achei válido... Apesar de eu não ter feito muito além de ver filmes.

Hoje meus dedos estão congelados. Durante a madrugada, o vidro do meu carro estava, mas meu cachorro fez a festa. Ele fica super agitado no frio.
Eu não. Vou fechar por aqui antes que meus dedos caiam. Tá muito frio, dels.

domingo, 21 de julho de 2013

Resenha: Um Dia - David Nicholls




Nota: 9,0

Um Dia é o tipo de livro que mexe com sua cabeça.
Eu levei um bom tempo para terminá-lo, acho que pela falta de qualquer post aqui no últimos dias isso ficou óbvio. As primeiras cem páginas, apesar de boas, não me davam vontade de continuar a leitura. Por pouco eu não o abandonei. Mas depois da página cem, precisei apenas de três noites para ler o resto.

15 de Julho de 1988. Emma Morley tem vinte e dois anos e acaba de se formar. Ela está no apartamento que divide com uma colega, e ao seu lado, Dexter Mayhew conversa com ela sobre o futuro.
Emma é inteligente, um pouco tímida e lhe falta autoconfiança. Ela quer mudar o mundo. Ela quer ser escritora. Ela quer trabalhar com teatro. Ela não sabe bem o que ela quer. Ela é uma jovem recém formada no final dos anos oitenta e ela tem um pouco de medo do futuro.

Dexter tem um ano a mais, é confiante, mulherengo, rico e adora suas farras. Só quer saber de curtir sua juventude e, eu tenho que dizer, Dexter, no começo do livro, é um homem superficial e que "consegue ser detestável". Mas calma. Melhora.

Cada capítulo mostra um dia. O dia 15 de Julho dos anos seguintes ao dia 15 de Julho de 1988, e nos narra a bela amizade de Em e Dex, mostrando para nós como as pessoas mudam em vinte anos, como duas vidas se transformam com o passar do tempo.
Você é linda, sua velha rabugenta, e se eu pudesse te dar só um presente para o resto da sua vida seria este. Confiança. Seria o presente da Confiança. Ou isso ou uma vela perfumada.

domingo, 30 de junho de 2013

Perfeição

Ela tinha uma vida perfeita. Aos nove anos de idade, quando ainda brincava de bonecas, tinha um amigo de sua rua com quem brincava que namoravam e que iriam se casar. Quando fizeram dez anos a brincadeira passou a ser verdade e eles tinham um daqueles namoros fofos de criança. Aos doze tinham mais noção das coisas, já se beijavam e eram realmente namorados. Aos quatorze tiveram uma primeira vez perfeita. Casaram-se aos vinte e dois anos. Se formaram cada um na profissão que queriam, tinham empregos maravilhosos, filhos magníficos e...
            Você pode estar pensando agora que eu, malignamente como escritor, vou colocar um maldito acidente de carro e deixar ela paraplégica, vou deixar a filha dela louca após matar o marido dela, vou colocar um homem agressivo e drogado como amante dela, ou uma amante possessiva e psicótica para o marido dela. E eu realmente posso fazer isso. Posso colocar drogas na vida dos filhos, posso cegar a Daniela. O nome dela pode ser Fabiana. Ou Clara. Eu posso fazer da vida dela o que eu quiser. Porque eu sou o escritor aqui. Eu sou o Deus da história de Danilo. Sim, Danilo, porque eu agora resolvi que vai ser um homem. E por isso, eu vou mudar o marido Guilherme para a esposa Beatriz.
            A questão é: Eu vou fazer isso? Eu vou acabar com a perfeição da vida de Danilo e Beatriz? Em que tipo de dimensão ou universo um deus faz isso com as pessoas?
            A literatura imita a realidade. A realidade é cruel. Não precisa ser, não. Mas... me diga, se eu não for estragar de algum jeito, nem que temporariamente, você leria sobre a vida de Danilo? Não haveria história. Não haveria graça. Nem mesmo para ele.
            Nesse momento Danilo está deitado em sua cama, às cinco e cinqüenta e dois da manhã, esperando o despertador tocar às seis.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Livros que chegaram, impressão fraquinha e empolgação

Faz um tempo, eu fiz um pedido na Liro, uma editora de livros sob encomenda, do "Com Licença... Posso?". Tive alguns problemas na questão da entrega, mas hoje eles chegaram.
Eu pedi só cinco livros. O "Com Licença... Posso?" é em princípio meu primeiro livro publicado, mas eu de fato procurava mais fazer meus primeiros testes com ele do que qualquer outra coisa. Vou mantê-lo à venda na Bookess (aqui), mas dificilmente vou fazer mais pedidos. Esses cinco são mais pra "ter meu livro". Q.



Eles tem destino já, todos, desde minha mãe até... Bem, nada muito longe. Tipo, minha tia. E um pra eu guardar mesmo.

A impressão da capa ficou estranha. Ela fica muito bonita nas fotos, mas olhando de perto, parece que falta uma margem pra ela. Me lembra alguns livros que eu lia na quarta série, aqueles infanto-juvenis que tem nas bibliotecas das escolas e que você lê quando não sabe o que quer ler, sabem?

Mas eu ainda estou um pouco empolgado. Agora posso dizer que tenho um livro que eu mesmo escrevi. Q.

Ainda estou trabalhando em finalizar o Vermelho. Ele não está longe de ficar pronto, e então eu vou mandar ele pra editoras. Estou pensando em postar aqui um preview, mas como ninguém se manifestou ainda no blog, não me parece uma boa ideia ainda. Q.

É isso por hoje.

Ah, amanhã ou depois eu devo fazer a resenha de "Um Dia". Tenho tido um pouco de preguiça de ler, mas ainda é bom. Enfim... É isso.

Até~

domingo, 9 de junho de 2013

Sete Dias Mortos

Essa semana foi inútil pra mim. Tipo, mesmo, eu não lembro de ter ficado por tanto tempo TÃO ocioso alguma vez na vida.
Eu não escrevi, não postei, não pensei, não trabalhei, não estudei. Fiquei deitado na cama, fiquei olhando o tempo passar... Nem assistir alguma série eu assisti. A coisa mais produtiva que fiz foi ler "Jogador Nº 1", terça-feira, em 12 horas, e só fui fazer a resenha dele hoje. Além do mais, a resenha ficou ruim.

Ontem eu também fui assistir Faroeste Caboclo - E eu não estava lá com muito ânimo pra ver filme algum -, e ele é mesmo muito bom. Mas se eu tivesse com ânimo, talvez tivesse sido melhor.
Eu não escrevi nada, nem tive ideia alguma pro Vermelho essa semana também. Foram seis dias e doze horas no lixo. Tá legal, seis dias e dez horas, porque o filme foi legal.

Eu e um amigo tivemos ideias pra crônicas hoje. Acho que foi só hoje que eu engatei de volta em... Em qualquer ritmo na verdade. E mais ou menos ainda. Espero que amanhã eu esteja com mais ânimo, mesmo que seja segunda-feira. Eu odeio segunda-feira, mesmo que eu não esteja no momento nem trabalhando nem estudando, além de em casa. Eu gostava mais de segundas quando eu tinha aulas no ano passado.

Hoje meu irmão comprou um livro pra mim. Um Dia, que eu já queria faz um tempinho. Eu vi o teaser faz um bom tempo, bem antes de sair sequer o primeiro trailer do filme. Não lembro se o que vi foi teaser do filme ou se foi um booktrailer, porque faz muito tempo. Mas é, eu sei que é essa mesma história. Ele comprou o livro pra mim porque precisava de 70 reais e tava com uma nota de 100. Pra trocar, comprou o livro por 30 pra mim. Um amor meu irmão? Nah, ele só fez isso porque tava apressado. Capaz de ainda me cobra essa grana. Haha.

Enfim... É, é isso. Eu fiz o blog pra falar sobre minha vida como autor, mas essa semana eu não tive nem vida. Vou tentar atualizar mais sobre a história do Vermelho.

É isso por agora.
Até.

Resenha: Jogador Nº 1 - Ernest Cline

Essa última semana foi quase completamente inútil pra mim. Não escrevi, não postei, não... Bem, eu aproveitei apenas doze horas dela. E foram doze horas magníficas, lendo o livro que a Monique Portela, do Ninhada Literária, me emprestou, e se eu fosse escolher uma palavra pra definir esse livro seria essa: Imersão.



Num futuro não muito distante foi criado um jogo chamado OASIS. De início ele tinha a intenção de ser um MMORPG com o grande diferencial da realidade virtual. Um par de luvas e um visor, e você entrava no mundo de OASIS.
Grande parte da população mundial vive em uma situação extremamente precária e o OASIS já se tornou uma fuga para basicamente todos no mundo, e ele se tornou já um quase substituto da internet. Até mesmo a moeda corrente do mundo de OASIS, que é de fato gigantesco, tendo MUITOS planetas, já se tornou uma das principais moedas do planeta.
Então o criador do OASIS, James Halliday, morre. Ele viveu sua adolescência na década de 1980 e era um grande fã dessa década. Como testamento, Halliday deixa seu jogo, OASIS, para o jogador que conseguir encontrar um easter egg que ele deixou no jogo. O jogo é imenso e as pistas estão espalhadas por ele, e a chave para elas estão basicamente na vida de Halliday e em seus gostos favoritos, todos com relação a década de 80; Começa uma grande caça pelo easter egg de Halliday, em busca de sua herança.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Resenha: O Lado Bom da Vida - Matthew Quick

Nota: 7,9


Capa no Brasil



Spoilers de outros livros. Enquanto eu lia "O Lado Bom Da Vida", disse à mim mesmo que na resenha iria avisar a quem pudesse: O
 livro tem muitos spoilers de outros livros.

A primeira decepção que tive foi logo nas primeiras páginas quando Pat me contou como acaba "O Grande Gatsby". Era um livro que eu morria de vontade de ler, e ainda vou, mas agora já sei o final.
Porém, acreditem, esse foi o único ponto negativo.

Pat Peoples é viciado em exercícios. Não digo que ele todo dia sai pra correr uns dois KM e depois volta pra casa. Ele passa mais da metade do dia fazendo flexões, abdominais, levantando pesos, correndo.
O livro começa com Pat saindo do "lugar ruim", um hospital psiquiátrico, acompanhado de sua mãe, após uma temporada lá. Ele não se lembra do motivo de ter sido levado para lá e nem tem muitas memórias do lugar. Só o que sabe é que ele magoou sua esposa, Nikki, e está tentando se tornar um marido melhor para ela, para que quando o "tempo separados", como ele chama, acabe, ele seja o homem que ela queria que ele fosse. Entre as coisas que ele passa a fazer estão ler livros, já que ela é professora de inglês, os exercícios, pois ela dizia que ele estava começando a engordar e "praticar ser gentil", coisa em que, assim como os exercícios, ele dá bastante ênfase.

Pat é um otimista incorrigível. Para ele, sua vida é um filme onde no fim ele terá seu final feliz em seu reencontro com Nikki, e ele tem aversão a tudo que há de pessimista, entre eles os pensamentos de seu médico no "lugar ruim", que dizia que Nikki não voltaria para ele.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Resenha: A Última Quimera - Ana Miranda




Nota: 6,0




Uma pseudo-briografia transformada em romance. É provavelmente o melhor jeito que eu encontrei para descrever "A última quimera", em uma frase curta.

Eu comprei o livro junto a outros dois, e talvez tenha sido um erro escolher justo esse como o primeiro para ler. Apesar de eu tê-lo achado incrivelmente interessante, é um tanto monótono.
A história gira em torno de um personagem cujo nome não nos é apresentado, e começa em uma madrugada no Rio de Janeiro, em 1914. Ele acaba de receber a notícia de que o poeta Augusto dos Anjos, de quem era amigo muito próximo, morreu, em Leopoldina, no interior de Minas Gerais.
Logo após receber essa notícia ele se encontra com Olavo Bilac e apresenta para ele um dos poemas de Augusto, "Versos Íntimos", que devo dizer, adorei.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Textos inspiradores e Editoras

De vez em quando eu encontro um texto inspirador por aí. Foi o caso de ontem de madrugada; Três da manhã, mas eu não pude sair da frente do computador, eu simplesmente tinha que escrever depois de ler aquilo.

O texto à que me refiro se chama "Sobre o Silêncio"; Eu não sei o nome de verdade da autora.

Sei que depois de ler ele eu tive uma grande facilidade em escrever, e escrevi. "Por Isso Tudo Era Vermelho" está cada vez mais perto do fim e eu estou até um pouco ansioso por isso, mas tenho tomado cuidado para não apressar nada.

O Vermelho é um original que eu quero enviar para uma editora, que eu tenho muita vontade de encontrar em uma livraria, e que eu torço muito pra que seja publicado. Publicação independente, no momento, não é uma opção pra mim. Coisa cara, e não é como se minha conta estivesse na melhor situação do mundo.

Eu li alguns dias atrás, não lembro onde foi, que uma boa parte das editoras grandes tem aceitado apenas livros de agentes literários, e não mais lido originais. Eu não sei quão verdadeiro isso é, mas de fato, a única editora em cujo site eu encontrei alguma informação para envio de originais foi a Rocco. A Rocco é a editora que me colocou na literatura, eu acho. Os primeiros livros que li foram dela, provavelmente. E claro, não esqueçamos que Harry Potter, que certamente foi o primeiro livro que me fez grudar em uma série (Um dos poucos, também. Séries nunca foram meu forte), é publicado por eles.

Eu, certamente, vou mandar meu original pra Rocco e seria uma honra tremenda ser publicado por eles. Eu posso até estar me iludindo, indo atrás de editoras grandes como a Rocco ou a Intrínseca (esta que eu reparei, parece só publicar livros que fizeram sucesso lá fora, com exceção de um único brasileiro) e tendo essa confiança toda de que o Vermelho vai ser aceito por uma delas. Mas eu tenho que tentar, não é?

Enfim, é isso por agora. Até mais, pessoinhas que eu nem sei se leem~~

Breno.

Sensações

                De vez em quando eu encontro algumas sensações incríveis em umas coisas bem bobinhas. Nem sempre são sensações boas ou ruins. Só sensações.
                Já repararam como, quando se está com muita vontade de ir ao banheiro, entrar nele e fechar a porta aumenta a vontade em dez vezes? Tente começar a desabotoar a calça então... Ou aquela sensação maravilhosa de acordar em uma manhã gripado e assoar o nariz. Criatura, você puxa o ar pelo nariz com tanto gosto que é como se fosse a melhor coisa do mundo. Então você volta pra sua vida e esquece daquilo.  E sabe quando está uma noite muito fria e você finalmente decide entrar debaixo das cobertas e dormir, mas aquelas cobertas parecem muito geladas? Cara, eu adoro isso. Me encolher embaixo das cobertas geladas e prestar atenção em como elas ficam quentes como mágica em alguns segundos.
Você já quebrou algum osso? Eu já. Oito vezes. Os braços. Não é legal. Mas a sensação de tirar o gesso depois de dois meses preso lá dentro é incrível. Você sente seu braço leve, ele parece querer subir sozinho. E mexer o pulso, cara, como eu não dava valor pra mexer o pulso antes? Claro que no dia seguinte o seu pulso já é o mesmo de sempre e você não liga pro fato de que ele está se mexendo. Mas na hora...
            Com certeza uma das melhores sensações que eu já encontrei é a de terminar um livro (conto, crônica, tanto faz... Pode até ser uma tirinha.) que seja muito, muito bom. Aquela vontade de fechar o livro, olhar pra frente com um meio sorriso estranho e dizer “Puta que pariu, eu amei essa coisa”. Funciona também com frases no meio do livro. Você fica tão indignado com o jeito que aquela frase mexeu contigo que fecha o livro mantendo seu dedo marcando a página, olha pros lados e fica com vontade de ter alguém lendo ao mesmo tempo que você pra ficarem indignados juntos. É nessa hora que você costuma procurar seu irmão, mãe, primo, cachorro, espelho (É, espelho) pra falar em como “aquela história é incrível, quer ouvir? É assim...” e começa a falar sobre o que aconteceu, até que uma hora a pessoa se irrita um pouco e diz que não quer ouvir. Meu irmão já diz que “não quero saber” no momento em que eu chamo ele com um livro nas mãos. Eu os entendo, na vez em que eu falei com o espelho, perdi a vontade de falar logo no começo. Acho que eu mesmo não queria me ouvir.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Crônicas de Guerra (1)

Isso é algo que eu comecei a escrever faz... Não me lembro, um ano e meio atrás? É, acho que é isso.
Eu estava relendo agora o terceiro capítulo - que foi onde parei de escrever - a a pequena Felicity (vocês vão conhece-la, não se preocupem) me deu vontade de continuar com aquilo. Vou postar os capítulos aos poucos. Então é, eu vou ao menos mostrar pra vocês as crônicas de um futuro que pode vir a acontecer.

A nova cara do blog!

Bem, não acho que tenha muita gente acompanhando... Mas quem já entrou no blog aqui deve ter notado que ele está drasticamente... Sério... Drasticamente mudado. Ainda não está o melhor, mas me perdoem, eu sou novo com essa coisa de blogs. Q.

Tive uns dois dias bem trabalhosos pra deixar do jeito que está e ainda quero fazer algumas mudanças - eu não consigo achar uma cor que fique boa, maldição -. Tive bastante ajuda do blog da Eliane Gaspareto, "Um pouco de mim", principalmente com aquele menu bonitinho ali, com abas e tudo. Ainda tenho alguns planos pro blog, mas isso eu vou ver depois.

Pode-se dizer que só a partir de agora o Vida de Autor começa a ser um blog mesmo. É, é isso.

Ei, a primeira resenha deve vir ainda essa semana, então esperem por ela, ok?

Até!

sábado, 18 de maio de 2013

Resenhas por falta do que fazer (?)

Eu tive a (incrivelmente original) ideia de fazer resenhas aqui também.
Eu não posso dizer que estou realmente por dentro da blogosfera literária agora, comecei a ler blogs do tipo faz... Ahn... Dois ou três meses? É, por aí... e eu de fato adoro ler as resenhas por aí, e não é a primeira vez que penso em fazer isso, mas eu nem sabia por onde começar um blog. Agora que eu já tenho uma noção, nem que pequena, talvez seja uma ideia boa, e acho que é o que vou fazer.

Quando eu comecei a escrever este post, estava pensando em começar com uma resenha de "Garota Exemplar", um livro que li faz pouco tempo e que adorei. Mas a verdade é que eu fiz ainda hoje dois comentários em resenhas do livro, e acho que não estou com vontade de falar dele agora. Então ainda vou deixar por decidir sobre qual livro fazer a primeira; Talvez eu escolha um livro que ainda não li, para lê-lo pensando nisso.
É, é uma boa ideia.

Então ainda essa semana eu vou atrás de algum livro e fazer a resenha dele aqui. Porque só postar o que eu faço no dia-a-dia e que tem relação com meus livros não é tão interessante se eu não incluir minhas leituras, não é?

É, é isso.
Breno.

Vermelho e a Escrita

Terminei ontem de madrugada o planejamento de "Por Isso Tudo Era Vermelho". Claro que tenho que dar uma refinadinha nas ideias, mas fora esse detalhe, agora é basicamente escrever a história que já está pronta.  :3

Eu morro de vontade de postar aquele prólogo que já está escrito. Sério, em algum lugar, eu preciso postar aquela coisa; mas maldição, eu precisaria ao menos de alguém pra me dizer o que achou, e não acho que tenha gente que realmente esteja prestando atenção no Vida de Autor por enquanto. Então eu vou esperar até ter alguém lendo isso aqui e eu deixar de falar sozinho. Daí eu posto aquele prólogo delicioso que eu fiz. Q.

Bem... E hoje eu não fiz nada. O único momento em que saí foi pra comprar chocolate porque fazia tempo que eu não comia chocolate. E estava uma delícia. Claro que o fato de eu ter levantado às três da tarde provavelmente ajudou pra que eu não fizesse nada... Talvez eu ache algo agora à noite. Não preciso nem sair, basta algo pra... Sei lá, escrever. Eu não estou com vontade de fazer os refinamentos no Vermelho agora porque isso vai levar tempo, e daqui meia hora eu tenho que sair do computador, e escrever no meu note, que está lento pra sempre, é irritante.
Enfim, é isso. Na verdade esse post foi só um plano malévolo pra saber se tem alguém lendo e que fique curioso com o Vermelho. Então, se você está lendo isso, caia na minha armadilha e comente pedindo o prólogo, porque eu realmente quero postar. MUAHAHA.

É, é isso.
Breno.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Revisão final, Selo Boa Escolha e Número de Vendas

Sei que eu já tinha feito um monte de revisões no "Com Licença... Posso?" mas não. TINHA que ter alguns erros. Eu encontrei eles na versão que já estava à venda e tudo, mas corrigi e postei a versão nova... Bem, só houve uma compra até agora de qualquer forma, e foi digital. Então foi atualizado... Só fiquei um pouco decepcionado porque com isso, eu perdi o selinho que a Bookess dá. "Selo Boa Escolha", é um selinho que a Bookess coloca na página do livro quando a diagramação, capa e tudo mais tá com qualidade boa. Meu livro estava com o selo, mas como eu atualizei o conteúdo dele, eu perdi, e tenho que pedir outra avaliação. Isso é tranquilo, só que eu só posso pedir uma avaliação a cada dez dias. Só vou poder pedir de novo na terça. e_e

Enfim, as vendas estão baixas, mas eu não podia esperar nada muito melhor. Publicar na internet é complicado. Eu tenho umas 340 visualizações até agora e faz quatro dias que eu comecei a fazer minha propagandinha. Eu vou deixar esse texto lá, fazer uma ou outra publicidade pra ele vez ou outra e me dedicar mesmo no outro livro.

Ah, falando nisso - não tem nada a ver - eu tenho que formatar meu computador. Ele está travando, lento, desligando sozinho... Medo de que ele apague de vez e eu perca o que tenho aqui, tenho que lembrar de fazer um backup ao menos dos livros.
Eu tenho que formatar ele e lembrar de fazer backup só das coisas importantes. A memória dele já tá curta, se eu ficar tentando salvar coisas, vai dar problema de volta... Bem, é, é isso.

Ahn... Boa noite.
Breno.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Mercado Editorial e o Vermelho

Acabei de terminar um pequeno curso sobre o Mercado Editorial. Deu pra ver por ele que a situação é complicadinha, mas longe de impossível. Dá sim pra viver de livros, e eu confio no que escrevo.

O curso era da Thalita Rebouças, que escreve livros adolescnetes. Aqueles que todo mundo já deve ter visto em alguma livraria ou biblioteca de escola, "Fala sério, mãe", "fala sério, amiga"... Basicamente a coleção "fala sério" toda, entre outros. Encontrei o curso pelo site dela (aqui) e ele me interessou, afinal seria interessante eu ver algo sobre as editoras e tudo mais. Terminei o curso em pouco mais do que dois dias, e acho que consegui tirar bastante coisa útil de lá. Mas não esperem que eu vá usar uma peruca rosa em feiras de livro. Animado eu sou, mas peruca rosa é muito pra mim. Haha.

Enfim, agora sobre o vermelho... "Por isso tudo era vermelho" é o nome do romance que eu estou escrevendo agora. Com certeza o melhor prólogo que eu já escrevi e possivelmente a melhor ideia que eu já tive. Diferente de "Com licença... Posso?" que eu publiquei pela Bookess, o Vermelho eu planejo enviar para algumas editoras, seguir bem o que aprendi no curso da Thalita...

Bem, é isso. Só pra dizer que escrevi algo sobre ele aqui.

Boa noite.
Breno.

Publicidade, cansaço e visualizações

Oi minha gente... Na verdade acho que não tem quase ninguém lendo.

Hoje é a primeira vez que eu coloco no facebook o endereço do blog, que por sinal, eu mudei ontem. Se você está lendo isso, provavelmente veio pelo face e estava sem muito o que fazer.
Eu tive algumas dificuldades com o layout do blog - e acho que isso ainda está bastante óbvio -. Não, eu não sei mexer nisso direito.

Aquela empolgação toda dos primeiros dias já começou a passar, mesmo que agora seja apenas o terceiro depois da publicação. No momento o meu livro está com 271 visualizações e... Uma venda. Ao menos é a única confirmada no site da Bookess. Q. Mas eu não poderia esperar muito mais do que isso, não é? E olha, são basicamente 100 visualizações por dia, já que eu imagino que vá chegar à 300 ainda hoje.

Enfim, acho que agora que estou passando o endereço do blog pras pessoas, posso dizer de verdade:
Bem vindos ao "Vida de Autor", e eu ainda não acredito que consegui pegar esse nome. Achava mesmo que já estaria tomado. Q.

Ainda estou pensando sobre a publicidade paga do facebook, quanto ao livro, e penando pra fazer uma capa decente pra página do face. Quero nem ver quando eu for fazer a página pro blog. Isso tudo cansa mais do que eu imaginava. Mas com certeza é divertido. E eu adoro ver as pessoas falando "Nossa, é seu? Você escreveu?" quando passo o link pelo face. Não é como se fosse algo tão grande. e_e.

Estou pensando na possibilidade de postar aqui o prólogo do meu próximo livro. Eu me orgulho daquele prólogo. Talvez se o blog tiver mais visualizações, eu faça isso.

Bem, é isso por agora.

Breno.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Primeira publicação e detalhes do começo da vida de escritor

Encontrar a Bookess foi com certeza algo que facilitou muito a minha publicação. Claro que meus livros não estão em nenhuma livraria em que você vá entrar - por enquanto - e pelo menos por mais duas semanas, nem mesmo em livrarias online, além da própria Bookess. Mas é um passo grande e divertido.

Eu saí da faculdade de psicologia faz quase duas semanas e comecei a me dedicar nessa parte da publicação. Eu pensei que iria ter um problema chamado tédio, como tenho nas férias. Depois de pouco mais de uma semana eu acabaria ficando sem o que fazer, acordando tarde, rodando o tédio e ficando cansado de não fazer nada. De fato eu posso dizer que estou cansado, mas não é de tédio. Eu estive trabalhando mais do que eu esperava trabalhar nisso. E olha que o livro já estava basicamente pronto, faltando apenas a diagramação.

Agora o que falta mesmo são os códigos de catalogação, eISBN e ISBN, que devem chegar em duas e quatro semanas, respectivamente. Acho que posso dizer que estou bem animado. Mas dels, fazer publicidade pro pessoal cansa.

domingo, 12 de maio de 2013

Publicação: "Com licença... Posso?"

Publiquei então, no Bookess, meu livro de contos. "Com licença... Posso?" é minha primeira publicação. Aqui eu libero 36 das 92 duas páginas dele. A versão completa está à venda na no site da Bookess, em versões digital e impressa. Para acessar o site da Bookes para a compra, basta clicar aqui.


É, é isso.

terça-feira, 2 de abril de 2013

O Livro dos Sentimentos (1)

                 Um tempo atrás eu comecei a escrever uma pequena sequência de contos, mas ela acabou se perdendo. No início, ela se baseava muito na coisas que eu sentia no momento, mas hoje eu me sentei, comecei a escrever e... Bem, foi isso que saiu. Quando reli não pude deixar de encaixá-lo na tal série, O Livro dos Sentimentos. (Admito, culpado, eu não sou bom com títulos.)

Então eu vou postar isso aqui. Estrear "O Livro dos Sentimentos" para vocês. Espero que gostem.



O Livro dos Sentimentos: Culpa


                Ele segurava o arco com firmeza. Os músculos retesados, ambos olhos abertos. Soltou um dos dedos e sentiu a tensão na corda. Observou bem seu alvo. O Jacu-do-Mato parecia uma grande galinha preta, mas ele sabia que, diferente de galinhas, aquele pássaro voava. Não podia se dar ao luxo de errar; Além do mais, era sua única flecha.

                Aquela seria sua primeira vítima. Comprara o arco havia alguns meses e praticado sem nenhuma regularidade em árvores e pedaços de madeira que encontrava aos arredores de sua casa. Já havia tentado acertar pássaros pequenos, sem sucesso. Mas não havia como errar uma ave tão grande de tão perto. Cinco metros, se não menos. Ele deu mais um passo e viu a ave se abaixar para tomar impulso e levantar vôo. Era agora ou nunca. Soltou a flecha.

                O tempo parecia ter parado. A ave, majestosa, preparava-se para abrir as asas. A flecha ia em sua direção e acertaria em cheio. A criatura não sairia dali.

                O coração do garoto escapou uma batida quando a flecha penetrou a asa da ave e a prendeu ao corpo dela. A ave gritou, esperneou e caiu no chão, sendo lançada alguns centímetros para trás. Ela batia a asa livre com força, o sangue estava começando a se espalhar. Ela provavelmente agonizaria ali por vários minutos.

                O garoto não conseguia se mexer. Cada grito do pássaro penetrando seus ouvidos e o fazendo sentir a culpa subir por sua garganta. Ele transbordava de culpa. Aquela vida já estava perdida, mas se recusava a deixar o corpo. A imagem era violenta. Mais do que ele esperava que fosse.
                Ele já havia visto sangue, já havia visto animais morrerem. Mas aquilo era diferente. Ele havia feito aquilo, mesmo que tivesse seus motivos. O choque passava por cada um de seus músculos. O arco ainda preso firmemente em sua mão.

                Ele levou alguns segundos para notar que o animal não gritava mais. Apenas respirava pesado, se mexia devagar; o corpo tentando decidir se aceitava ou não seu destino. O garoto se aproximou. Quão certo havia sido fazer aquilo? Quão errado havia sido? Ele olhou nos olhos do pássaro e viu medo. Pavor. E ele sentiu a morte passando ao seu lado e levando o pássaro embora. Ele sentiu o olhar frio de desaprovação da morte, através dos olhos do pássaro. “É uma pena”, o olhar dizia.

                O garoto limpou a sujeira, depenou o pássaro e se dedicou a assá-lo. Naquela noite, um homem faminto que ele viria a encontrar na rua teria uma bela refeição, talvez a melhor de sua vida. Mas o garoto jamais sentiria a redenção que desejava. “É uma pena”, diria para sempre em sua mente o olhar da ave negra que um dia ele flechou.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Alice


        A cadeira de balanço ia e vinha em um ritmo lento. A sala era sombria. As paredes em madeira com a tinta descascada estavam podres. A única porta em pé tinha um enorme buraco e dava para a sacada. O vento frio e a luz fraca do sol poente entravam.

        Além da prateleira com dois pratos rachados, o único móvel da sala era a cadeira de balanço onde uma garotinha e seu pai sentavam.

        Alice seria uma garotinha loira e feliz, teria olhos verdes encantadores. Mas seus olhos eram cinzentos e os cabelos esbranquiçados, mesmo que tivesse apenas nove anos. A fome mostrava seus ossos sob a pele.

        Seu pai, Pablo, a abraçava tremendo. O único cobertor da casa estava com Alice e o inverno nuclear* que veio depois da Terceira Grande Guerra soprava um vento gelado e fétido pelo buraco da porta.

        — “Cortem-lhe a cabeça! Cortem-lhe a cabeça!” dizia aos berros a Rainha Vermelha.

        Pablo contava a filha a história preferida da garota: Alice no País das Maravilhas. Já havia lido o livro tantas vezes para Alice que mesmo depois de queimá-lo para se aquecerem, podia ditá-lo sem erro algum. A voz era fraca, mas aconchegante para a pequena Alice, que mesmo com fome e frio, sorria.