quarta-feira, 24 de julho de 2013

Resenha: O Oceano no Fim do Caminho - Neil Gaiman

Nota: 8,5

Eu tive poucos contatos com o nome Neil Gaiman antes desse livro. Eu não sabia que Stardust e Coraline eram dele até pouco tempo atrás, então, apesar de ter adorado ambos, não vou enquadrar nos dois contatos com o nome.

O primeiro foi com uma referência de Sandman. Eu fiquei curioso, fui atrás e descobri quem era Neil Gaiman e "quem" era Sandman.

O segundo foi pouco antes do lançamento de "O Oceano no Fim do Caminho", quando a página do Facebook da Intrínseca começou a fazer publicidade do livro e eu assisti um episódio de "Os Simpsons" com participação de Neil Gaiman. (Episódio "The Book Job"). E só. Devo dizer que eu adoro esse autor agora.

Eu participei de, imagino, três ou quatro concursos para ganhar e livro e não ganhei nenhum deles, então um dia, andando pela livraria do shopping, com os auto-falantes da loja avisando que eles estavam encerrando o dia, eu me deparo com o livro. Eu já conhecia a capa, mas pegá-lo na minha mão?

Esteticamente falando, "O Oceano no Fim do Caminho" é o livro mais lindo que eu tenho (seguido de perto por "Deixe Ela Entrar"). As letras em relevo, o azul magnífico da capa, aquela garota mergulhada em um oceano sem fim... É lindo. Lindo. Mas vamos ao interior do livro, sim?

Eu já estivera ali, não estivera, muito tempo atrás? Tinha certeza que sim. As memórias de infância às vezes são encobertas e obscurecidas pelo que vem depois, como brinquedos antigos esquecidos no fundo do armário abarrotado de um adulto, mas nunca se perdem por completo.

"Férias", neve e os dedos congelados

Hoje é um dia frio.

Acordei hoje às duas da manhã, depois de doze horas de sono. Ontem foi um dia especial, de certa forma. Foi a primeira vez que nevou aqui em Curitiba nos últimos 38 anos, apesar do fato de que dessa vez durou pouco mais de cinco minutos e nenhum dos flocos durava mais do que um minuto depois de tocar o chão. Um minuto talvez seja demais. Mas é que nevou, nevou.

Essa semana que passou foi também a última semana de férias dos meus irmãos e de alguns amigos. Devo dizer que eles tiraram minha concentração nos últimos tempos. O tempo que levei para fazer qualquer resenha mostrou isso. Mas agora já postei "Um Dia", tenho a de "O Oceano no Fim do Caminho" pronta e já comecei a ler outro livro.
A escrita também foi segurada durante esse tempo. Eu só escrevi um capítulo durante esse tempo e nenhum conto, e admito que foi bem - bem - menos do que eu esperava. A verdade  é que eu esperava já ter esse livro - "Por isso tudo era vermelho" - pronto até o fim de Julho, mas é, não rolou. Mas talvez eu consiga até o fim de agosto e mesmo com minha maestria em procrastinação, não planejo deixar chegar em Outubro.

E claro, tem os estudos pro vestibular.
Ah, os estudos. É com certeza a parte mais complicada, e a mais fácil de procrastinar (Eu juro que não estou fazendo isso de propósito). Tenho que melhorar minha disciplina quanto à isso.
Enfim, é isso. Fazia tempo que eu não escrevia nada sobre o que ando fazendo, então achei válido... Apesar de eu não ter feito muito além de ver filmes.

Hoje meus dedos estão congelados. Durante a madrugada, o vidro do meu carro estava, mas meu cachorro fez a festa. Ele fica super agitado no frio.
Eu não. Vou fechar por aqui antes que meus dedos caiam. Tá muito frio, dels.

domingo, 21 de julho de 2013

Resenha: Um Dia - David Nicholls




Nota: 9,0

Um Dia é o tipo de livro que mexe com sua cabeça.
Eu levei um bom tempo para terminá-lo, acho que pela falta de qualquer post aqui no últimos dias isso ficou óbvio. As primeiras cem páginas, apesar de boas, não me davam vontade de continuar a leitura. Por pouco eu não o abandonei. Mas depois da página cem, precisei apenas de três noites para ler o resto.

15 de Julho de 1988. Emma Morley tem vinte e dois anos e acaba de se formar. Ela está no apartamento que divide com uma colega, e ao seu lado, Dexter Mayhew conversa com ela sobre o futuro.
Emma é inteligente, um pouco tímida e lhe falta autoconfiança. Ela quer mudar o mundo. Ela quer ser escritora. Ela quer trabalhar com teatro. Ela não sabe bem o que ela quer. Ela é uma jovem recém formada no final dos anos oitenta e ela tem um pouco de medo do futuro.

Dexter tem um ano a mais, é confiante, mulherengo, rico e adora suas farras. Só quer saber de curtir sua juventude e, eu tenho que dizer, Dexter, no começo do livro, é um homem superficial e que "consegue ser detestável". Mas calma. Melhora.

Cada capítulo mostra um dia. O dia 15 de Julho dos anos seguintes ao dia 15 de Julho de 1988, e nos narra a bela amizade de Em e Dex, mostrando para nós como as pessoas mudam em vinte anos, como duas vidas se transformam com o passar do tempo.
Você é linda, sua velha rabugenta, e se eu pudesse te dar só um presente para o resto da sua vida seria este. Confiança. Seria o presente da Confiança. Ou isso ou uma vela perfumada.