domingo, 16 de março de 2014

Resenha: 1984 - George Orwell

E aqui temos um dos meus livros favoritos.
Oceânia. Uma grande nação que divide o mundo com outras duas, a Lestásia e a Eurásia. E as três nações vivem em guerra, na tentativa de dominar o mundo todo.
Na Oceânia vive Winston Smith, um funcionário do Partido, regido este pelo Grande Irmão, que está sempre de olho em você. Winston acha estranho o mundo em que vive, sempre na beira da miséria, por mais que as notícias sempre digam que tudo está melhor do que nos anos anteriores, sempre vivendo com o básico e sofrendo para comprar simples lâminas de barbear, mas de acordo com o governo, com o Partido, tudo está indo bem. Então Winston comete um crime. Ele pensa algo que o partido não quer que ele pense. Ele quer saber o "Por quê".


1984 se passa no ano de mesmo número, mas foi publicado em 1949. É uma das mais influentes criticas ao comunismo que eu já li na vida.
No mundo de Winston, tudo é controlado. Na casa de cada membro do Partido existe o que chamam de Teletelas. Algo parecido com uma televisão, mas que, além de não poder ser desligada e passar durante o dia todo mensagens do Partido e do tal "Grande Irmão", também transmite imagens e sons da casa de cada um que a "possui". Através das teletelas, espalhadas pelas ruas, pelas casas, pelos ambientes de trabalho, o Grande Irmão está sempre te observando. Esperando você se entregar como alguém que está contra o Partido, como um traidor, para então sumir com você.
"Na vasta maioria dos casos não havia julgamento, não havia registro de prisão. As pessoas simplesmente desapareciam, sempre durante a noite. Seus nomes eram removidos dos arquivos, todas as menções em qualquer coisa que tivessem feito eram apagadas, suas existências anteriores eram negadas e em seguida esquecidas. Você era cancelado, aniquilado. Vaporizado, esse o termo costumeiro."
Envolvente, o livro começa com Winston iniciando um diário. Iniciando o que chamam de pensamento-crime. O livro nos deixa curioso para saber sobre o que e quando vai acontecer com Winston.

"Ele já estava morto, refletiu. Parecia-lhe que só agora, quando começava a ser capaz de formular seus pensamentos, dera o passo decisivo. As consequências de toda ação estão contidas na própria ação. Escreveu: 'O pensamento-crime não acarreta a morte: o pensamento-crime É a morte.'"
Li o livro pela primeira vez vários anos atrás, e na época eu já o adorei. Agora, lendo-o pela segunda vez, a sensação é parecida. O final, obviamente, não teve o mesmo efeito, porque eu já o conhecia, mas ainda assim é um final forte e muito bom. O livro, com pouco mais de 300 páginas, é fácil de ler. Leitura necessária para... Bem, eu diria para basicamente qualquer pessoa. Simples assim. Leia 1984. É isso aí.

Páginas: 346 (Sem apêndice), 414 (Com apêndice)
Editora: Companhia das Letras
ISBN: 978-85-359-1484-9

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